sábado, 19 de março de 2016

“Lula comandava o esquema”, revela Delcídio em entrevista bombástica

(Foto: Reprodução/Agência Senado)
(Foto: Reprodução/Agência Senado)
O senador Delcídio Amaral (Sem Partido) resolveu soltar os cachorros contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. Licenciado do mandato por questões médicas, ele destacou em entrevista à revista Veja o papel de comando de Lula no esquema do “Petrolão”, o de Dilma como herdeira e beneficiária do esquema e a trama do governo para tentar obstruir as investigações da Lava-Jato.“Eu errei ao participar de uma operação destinada a calar uma testemunha, mas errei a mando do Lula. Ele e a presidente Dilma é que tentam de forma sistemática obstruir os trabalhos da Justiça, como ficou claro com a divulgação das conversas gravadas entre os dois”, afirmou o ex-petista na revista.
“O Lula negociou diretamente com as bancadas as indicações para as diretorias da Petrobras e tinha pleno conhecimento do uso que os partidos faziam das diretorias, principalmente no que diz respeito ao financiamento de campanhas. O Lula comandava o esquema”, completou.
Delcídio também revelou o grau de participação de Dilma no caso. “A Dilma herdou e se beneficiou diretamente do esquema, que financiou as campanhas eleitorais dela. A Dilma também sabia de tudo. A diferença é que ela fingia não ter nada a ver com o caso”, contou.
VEJA CAPA LULA
Na entrevista, Delcídio ainda revela que Lula e Dilma, por pouco, não brigaram de vez. Ele conta que o ex-presidente acreditava que a estratégia do Governo Federal deixar as investigações avançarem até a prisão de Lula, para Dilma sair ilesa e com a imagem de que lutou contra a corrupção.
“A presidente sempre mantinha a visão de que nada tinha a ver com o petrolão. Ela era convencida disso pelo Aloizio Mercadante (o atual ministro da Educação), para quem a investigação só atingiria o governo anterior e a cúpula do Congresso. Para Mercadante, Dilma escaparia ilesa, fortalecida e pronta para imprimir sua marca no país”, reforçou.
Segundo Delcídio, o governo só mudou de postura com “o cerco da Lava-Jato ao Palácio do Planalto”. “O petrolão financiou a reeleição da Dilma. O ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha em 2014, adotou o achaque como estratégia de arrecadação. Procurava os empresários sempre com o mesmo discurso: “Você está com a gente ou não está? Você quer ou não quer manter seus contratos?”. A extorsão foi mais ostensiva no segundo turno”, revelou.

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