Os grampos da Operação Lava Jato, além de revelar os bastidores da corrupção na política brasileira de alto coturno, também deram um grande susto nos políticos e empresários no interior, que botaram as barbas e bigodes de molho. Fala-se por aí que alguns pararam de trocar mensagens comprometedoras via celular entre si, como acertos de propinas e licitações. Nunca se sabe, vai lá que acontece um escândalo e surge algum delator como no Mensalão e Lava Jato. Há uma desconfiança generalizada de que os grampos viraram rotina, dos sofisticados usados pelas polícias aos caseiros com ajuda de hackers.
Vai ver os acertos de propina voltaram a ser cara a cara, com os celulares desligados de preferência e em locais longe das cidades onde a maracutaia acontece. O problema é que a vaidade não deixa os negócios ficarem debaixo dos panos, tem sempre um exibido dando com a língua nos dentes e algumas transações acabam chegando aos ouvidos de autoridades. Uma coisa é certa: nenhum político ou empresário está livre de um escândalo na era da internet.
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