segunda-feira, 18 de abril de 2016

Congresso aprova impeachment de Dilma

O Congresso aprovou o impeachment de Dilma Rousseff, decisão recebida com fogos, festas e buzinaço em todo o país. A Bahia foi um dos poucos estados onde a presidente teve mais votos que os favoráveis ao impeachment. 19 votaram contra a cassação e 16 a favor.

Dois deputados se abstiveram de votar, Cacá Leão e Mário Negromonte Junior.

Eram necessários 342 votos (2/3 da Câmara), mas o impeachment recebeu muito mais, 367 votos contra apenas 137 a favor do governo, que passou a semana anunciando que teria 200, mais 7 abstenções e 2 faltas.

Entre os que votaram contra o impeachment estavam Davidson Magalhães (PCdoB) e Bebeto (PSB). Davidson foi eleito por Itabuna, onde é candidato a prefeito neste ano; e Bebeto foi eleito por Ilhéus, onde também deve ser candidato em outubro.

Os dois partidos são da base aliada do governador Rui Costa (PT), que votou em massa contra o impeachment. A Bahia foi um dos 3 únicos estados onde a presidente venceu, ao lado de Amapá e Ceará. Em outros 2 houve empate (Piauí e Acre). No resto, ela perdeu de goleada.

O que aprovaram

O que foi votado foi a licença da Câmara para o Senado abrir o processo de impeachment, já nesta segunda-feira. A partir daí será formada uma comissão de senadores que têm 10 dias para emitir um parecer. Ele será levado ao Plenário do Senado para votação.

Caso o plenário aprove, por maioria simples ou 41 votos, o processo de cassação será instaurado. Assim que isto acontecer, a presidente Dilma Rousseff será afastada do cargo por até 180 dias e o vice Michel Temer, eleito com ela, assume o cargo com plenos poderes.

Será feita uma nova comissão, onde a presidente terá direito a defesa, e emitido relatório de novo. Este relatório será também votado em plenário, precisando de 54 votos (dois terços) para ser aprovado. Se for, Dilma é cassada de vez e tem os direitos políticos suspensos por 8 anos.

Já o vice, Michel Temer, assume o cargo de vez até o fim do mandato. Prevendo derrota também no Senado, um grupo do PT quer que Dilma proponha novas eleições para presidente neste ano, porém não existe nenhuma previsão para isto na Constituição Federal. Veja como votou a Bahia.

Votaram não

Votaram contra o processo de impeachment os deputados federais baianos Afonso Florence (PT), Alice Portugal (PCdoB), Antônio Brito (PSD), Bacelar (PTN), Bebeto (PSB), Caetano (PT), Daniel Almeida (PCdoB), Davidson Magalhães (PCdoB), Félix Jr. (PDT).

Mais Fernando Torres (PSD), João Carlos Bacelar (PR), Jorge Solla (PT), José Carlos Araújo (PR), José Nunes (PSD), José Rocha (PR), Paulo Magalhães (PSD), Roberto Brito (PP), Ronaldo Carletto (PP), Sérgio Brito (PSD), Valmir Assunção (PT), Moema Gramacho (PT) e Waldenor Pereira (PT).

Votaram sim

Votaram a favor do impeachment Antônio Imbassahy (PSDB), Arthur Maia (PPS), Benito Gama (PTB), Cláudio Cajado (DEM), Elmar Nascimento (DEM), Erivelton Santana (PEN), Irmão Lázaro (PSC), João Gualberto (PSDB), José Carlos Aleluia (DEM), Jutahy Jr. (PSDB).


Mais Lúcio Vieira Lima (PMDB), Márcio Marinho (PRB), Paulo Azi (DEM), Tia Eron (PRB) e Uldurico Júnior (PV).

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