segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Usar suplementos vitamínicos sem necessidade podem lesionar o fígado

Um suplemento vitaminico aqui, outro acolá. Prescrição de algum médico? Não. Exames de sangue detectaram que havia falta de vitaminas e minerais? Na maior parte das vezes, esses exames nem sequer foram feitos.
Com a promessa de melhorar o ânimo e a saúde, os polivitamínicos são consumidos indiscriminadamente. Segundo especialistas, o hábito é perigoso, já que o fígado sofre com essa sobrecarga.
Raymundo Paraná, hepatologista da Sociedade Brasileira de Hepatologia, conta que a internet facilitou o acesso à informação, mas que isso não trouxe um benefício tão grande assim quando se trata da saúde.
Veja o que o excesso de algumas vitaminas podem fazer ao corpo:
-- Vitamina C além do que o corpo precisa aumenta a absorção de ferro e "enferruja" o fígado.
-- Vitamina D em excesso causa cálculo renal.
-- O excesso de vitamina E aumenta o risco de AVC em três vezes.
-- Vitamina A além do necessário lesiona o fígado.
“As pessoas se despreocuparam com a qualidade da informação”, diz ele. Com isso, dados sobre supostas maravilhas com o consumo indiscriminado de suplementos se disseminaram
Paraná, que é um defensor do fígado por formação, diz que ninguém precisa de suplementos vitamínicos, a não ser quando há carência.
“Não há respaldo científico. Suplementos vitamínicos não são oxidantes coisa nenhuma. Não retardam envelhecimento e não protegem de doenças. Se algum médico disser isso, o paciente deve ir ao conselho de medicina do seu estado e informar que recebeu essa informação”, diz.
O hepatologista diz que a vitamina A pode induzir a uma doença no fígado, a vitamina E aumenta o risco de AVC em até três vezes, a vitamina D em excesso causa cálculo renal e pressão alta e a vitamina C, quando em quantidade além do necessário, pode causar sobrecarga de ferro ao fígado.
Substâncias tóxicas
De acordo com a hepatologista do Hospital 9 de Julho Marta Deguti, o periódico Annals of Internal Medicine publicou um estudo que revisou outras publicações que envolveram mais de 400 mil pessoas e a conclusão foi que não havia nenhuma evidência de efeito benéfico desses suplementos em proteger a saúde, reduzir a mortalidade, as doenças cardiovasculares e evitar o câncer.
“Eles concluem que beta-caroteno, vitamina E e, talvez, altas doses de vitamina A são tóxicas. Altas doses de vitamina A, D e niacina (B3) são potencialmente capazes de se acumular no fígado e provocar toxicidade”, ela alerta.
Dietas variadas e balanceadas, segundo a médica, são seguras e não promovem intoxicação por excesso de vitaminas.
Tribuna da Bahia

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