quarta-feira, 4 de março de 2020

Governo reedita cartilha sobre proteção de jornalistas e comunicadores


O governo federal reeditou a cartilha sobre a proteção de jornalistas e outros comunicadores.O documento traz as obrigações governamentais acerca da prevenção, proteção e acesso à justiça em casos de violência cometida contra esses profissionais em razão do exercício do seu direito à liberdade de pensamento e expressão.
Cartilha Aristeu Guida da Silva foi apresentada na terça-feira(3)pelo Ministério da Mulher,da Família e dos Direitos Humanos.
primeira versão do documento foi publicada pelo governo brasileiro em 2018 em cumprimento às recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para o caso do assassinato do jornalista Aristeu Guida da Silva, que dá nome à cartilha,em 12 de maio de 1995,no município de São Fidélis,no Rio de Janeiro.Em 1999,a Sociedade Interamericana de Imprensa apresentou à comissão uma petição contra o Estado brasileiro denunciando o caso.
A cartilha apresenta ainda os padrões internacionais e os mecanismos de proteção de direitos humanos e os canais de auxílio às pessoas ameaçadas,como o Disque 100 e o Portal Humaniza Redes.
Entre as obrigações do governo estão realizar discursos públicos que contribuam para prevenir a violência contra jornalistas e comunicadores e campanhas e capacitações de agentes do Estado sobre o papel desses profissionais em sociedades democráticas.
Em 2019,foram registrados 208 ataques a veículos de comunicação e a jornalistas,um aumento de 54,07% em relação ao ano anterior,de acordo com o relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), divulgado em janeiro.Os políticos foram os principais autores,com 144 ocorrências(69,23% do total),a maioria delas tentativas de descredibilização da imprensa(114).Segundo o levantamento,o presidente Jair Bolsonaro foi o autor de 121 ataques em 2019,(58,17% do total de casos registrados no ano).
Além dos registros de ameaças ou intimidações,agressões verbais e físicas e censuras,dois jornalistas foram assassinados em 2019.Este ano,o jornalista brasileiro Lourenço Léo Veras acabou entrando para a estatística.Ele foi morto a tiros,dentro de casa,por homens armados e mascarados,na cidade de Pedro Juan Caballero,no Paraguai,onde trabalhava,cidade vizinha à Ponta Porã,no Mato Grosso do Sul.
A Comissão de Proteção dos Jornalistas afirma que a fronteira do Brasil com o Paraguai é uma das mais perigosas do mundo para profissionais da imprensa.Ontem(2),a Organização das Nações Unidas para Educação,Ciência e Cultura(Unesco)condenou o crime,que aconteceu em 12 de fevereiro.Em nota,a diretora-geral da agência da ONU,Audrey Azoulay,disse que os autores do crime têm de ser levados à justiça e punidos e acrescentou que a proteção dos jornalistas é fundamental para a defesa da liberdade de imprensa e de expressão. *Fonte: Agência Brasil
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