Por Mario
Sabino
O primeiro
levantamento das contas do desgoverno Dilma Rousseff é espantoso.
O buraco é
muito maior do que os 96 bilhões de reais anunciados, porque não incluiu a
queda brutal na arrecadação, a renegociação das dívidas dos estados e restos a
pagar.
A única saída
é cortar, cortar e cortar. Se, mesmo assim, o buraco continuar abismal, os
contribuintes terão de pagar o pato.
Como foi
possível chegar a esse estado de coisas?
A resposta é
simples: nós, cidadãos brasileiros, somos os maiores responsáveis pela
irresponsabilidade do PT. Sim, inclusive você que nunca votou em Lula ou Dilma.
Porque não
basta revoltar-se quando tudo está desmoronando à sua volta. É preciso
constância na fiscalização e cobrança dos governantes, a fim de evitar a ruína.
Em resumo, a
política deve entrar no rol das suas preocupações cotidianas, porque quase
todas elas são... política!
A calçada
esburacada é política; a falta de iluminação pública é política; o rio sujo é
política; a mensalidade exorbitante da escola do seu filho é política; os
reajustes abusivos dos planos de saúde são política; a falta de emprego é
política; a ciclovia que foi tragada por uma onda é política -- até a
decadência do futebol é resultado da política. Fôssemos um país bem governado,
seriamos ricos o suficiente para manter os bons jogadores por aqui e importar
os melhores estrangeiros.
O impeachment
de Dilma Rousseff não pode ser apenas uma catarse. Tem de ser um ponto de
inflexão no nosso atávico desinteresse pela política.
Política não
é o fim, mas o começo.
0 comentários:
Postar um comentário
Regras do site:
Não serão aceitos comentários que:
1. Sejam agressivos ou ofensivos, mesmo que de um comentarista para outro; ou contenham palavrões, insultos;
2. Não tenham relação com a nota publicada pelo Site.
Atenção: só serão disponibilizados no site os comentários que respeitarem as regras acima expostas.
3.Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog Paulo José.
É LEI NO BRASIL – Todo jornalista tem o direito constitucional de revelar denúncias recebidas de fontes anônimas e manter o sigilo sobre elas.