quarta-feira, 13 de abril de 2016

Prefeito passa mal e vai para hospital ao saber de prisão de filhos na BA

O prefeito da cidade de Medeiros Neto, Nilson Vilas Boas Costa (PSB), de 80 anos, passou mal e precisou ser levado a um hospital nesta quarta-feira (13) após saber da prisão dos filhos, que são ex-secretários de Administração da cidade. Os dois filhos do gestor foram alvos da segunda fase da "Operação Hera", que apura denúncias de desvio de verbas públicas da educação no município, que fica na região sul da Bahia.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da prefeitura, Nilson Costa teve um mal-estar e foi encaminhado para o Hospital Regional da cidade, onde passou por exames. O prefeito foi liberado da unidade de saúde, já está em casa e passa bem, conforme a assessoria.
Os filhos do gestor municipal foram encaminhados para o Presídio de Teixeira de Freitas, onde já estão a secretária da Educação do município e um motorista da pasta, que foram alvos da primeira fase da operação, realizada em março. Ainda de acordo com a gestão municipal de Medeiros Neto, o "setor jurídico da prefeitura está tomando as devidas providências a respeito do assunto".
Operação

Segundo informações do Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA), a operação em conjunto com a Polícia Federal pretende desarticular organização criminosa acusada de desviar verbas públicas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Segundo a procuradoria, o esquema criminoso era executado, em sua maioria, por servidores públicos da prefeitura de Medeiros Neto, que inseriam dados falsos, como acréscimos salariais e gratificações ilegais, nos contracheques de servidores públicos municipais, escolhidos aleatoriamente. Ainda de acordo com as investigações, após a compensação dos valores, os servidores eram obrigados a devolver os acréscimos ilegalmente recebidos à Secretaria Municipal de Educação. Conforme o MPF, durante a primeira fase da operação, a Justiça Federal determinou a indisponibilidade de bens e o afastamento dos cargos públicos de seis investigados; a condução coercitiva de quatro agentes públicos e a prisão preventiva de outros dois agentes, dentre eles, a secretária de Educação municipal.
Ainda segundo o Ministério Público Federal, até pronunciamento final do Poder Judiciário, prevalece em favor dos acusados a presunção de inocência, nos termos da Constituição. Em função disso, os nomes dos réus foram preservados.

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