O Ministério
Público do Estado do Rio denunciou nesta segunda-feira (17) à Justiça os dois
manifestantes suspeitos de acionar o rojão que matou o cinegrafista da TV
Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos, durante um protesto contra o aumento
das passagens de ônibus municipais no Centro do Rio de Janeiro, no último dia
6.
O tatuador Fabio Raposo, de 23 anos, e o auxiliar de limpeza Caio Silva de
Souza, de 22, foram denunciados por homicídio doloso (com intenção de matar)
triplamente qualificado (uso de artefato explosivo, motivo torpe e recurso que
impossibilitou a defesa da vítima) e por crime de explosão. O entendimento do
MP é mais duro que o da Polícia Civil, que enquadrou os ativistas em apenas uma
qualificadora para o crime de homicídio (uso de artefato explosivo).A promotora
Vera Regina de Almeida, da 8.ª Promotoria de Investigação Penal (PIP),
concordou com o delegado Maurício Luciano de Almeida, responsável pelas
investigações, e requereu à Justiça a conversão da prisão de Raposo e Souza de
temporária para preventiva. Os dois estão presos temporariamente no complexo
penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.O procedimento foi encaminhado
à 3.ª Vara Criminal do Rio.
Caso o juiz Murilo Kieling aceite a denúncia do MP,
será aberta ação penal. Com isso, Raposo e Souza passarão da condição de
acusados a réus. Se o magistrado decretar a prisão preventiva dos dois, eles
permanecerão atrás das grades até o julgamento, a não ser que obtenham habeas
corpus em instâncias superiores. Se ao final da instrução do processo o juiz
decidir pronunciá-los, eles serão julgados por um júri popular.
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