Privatizar mais

“Privatizar mais, e mais, e mais”. 
É o que recomenda Helio Gurovitz. 
Leia um trecho de sua excelente coluna no G1: 
“Onde está a mão do Estado, há um incentivo para o corrupto operar. Isso não significa que as empresas privadas estejam imunes à praga. Nelas, porém, os acionistas roubados não somos nós.Sujeito à propaganda de sindicatos e partidos políticos interessados na manutenção de privilégios, indiferentes à realidade da economia, o cidadão brasileiro ainda manifesta inexplicável dissonância cognitiva diante das privatizações. Quem as ataca só defende, na prática, o direito de ladrões continuarem a enfiar a mão no bolso dele.Duas ressalvas apenas devem ser feitas ao anúncio de ontem. Primeiro, não ficaram claras as regras dos leilões. Eles precisam garantir a competitividade nos setores em que as empresas operam e evitar imbróglios jurídicos como o da Cemig.Segundo, ainda é pouco. O estado brasileiro tem participações em mais de 650 empresas, envolvidas em um terço do PIB nacional. Isso só faz perdurar as relações espúrias entre empresários e governantes, nosso renitente capitalismo de compadrio, desnudado de modo eloquente na Operação Lava Jato.Para termos uma economia minimamente dinâmica, o governo – não só o federal – precisa ainda privatizar mais, e mais, e mais. Teremos começado a nos livrar do peso sufocante do Estado quanto começarem a entrar na lista empresas como Caixa, Banco do Brasil e Petrobras. O anúncio de ontem é só um bom começo”.



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