A polêmica quanto ao Brasil ter sido “descoberto” ou não é uma boa discussão. Mas, afinal, que importa a nós caras pálidas se o continente foi invadido e não “descoberto” pelos portugueses?
Importa que estamos vivos, hoje, nascidos dessa miscigenação, descendentes de povos indígenas, africanos, europeus e até asiáticos. E claro, descontando a desvantagem da predominância da origem portuguesa (um dos povos mais atrasados da Europa), a história do Brasil é assim mesmo, uma sacanagem histórica desde o “descobrimento” até o estelionato eleitoral de 2014.
E se é uma coisa que o brasileiro gosta é de chorar o leite derramado. Afinal, tivemos Independência declarada dentro do matagal, bem longe do povo, e por um imperador; a nossa proclamação da República foi feita por um marechal, outra vez, longe do povo.
Só nos falta mesmo ter pai e mãe legítimos. Não temos. Os historiadores já descobriram que os portugueses foram os últimos a saber da existência do nosso continente. Somos um país bastardo, historicamente falando, se é que me entendem.
Por Geraldinho Alves
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