A
mostra levará obras artísticas em uma exposição coletiva que terá
abertura no dia 27 de novembro(quarta-feira),às 19h,no Centro de
Cultura Adonias Filho. A entrada é gratuita.A mostra levará obras artísticas em uma
exposição coletiva que terá abertura no dia 27 de novembro(quarta-feira),às 19h,no Centro de Cultura Adonias Filho – Rua
Isolina Guimarães,508 - Centro,Itabuna,até 27 de dezembro de
2024. A entrada é gratuita.A
exposição coletiva reunirá obras premiadas e selecionadas dentre
diversas modalidades artísticas como pintura,instalação,gravura,
fotografia e performance.
Em Itabuna, serão expostas obras de
artistas da cidade e dos municípios de Cairu,Uruçuca,Ilhéus e
Porto Seguro.
Segue relação de artistas:Alana Barbo(Ilhéus);
Amiantus (Porto Seguro); Camilla Nobre (Itabuna); Cândido (Cairu);
Hana Brener (Uruçuca); Júlio Novais(Itabuna);Renat Castillo(Uruçuca)e Thiago Oliveira(Uruçuca). Este ano,serão realizadas
seis edições nos seis macroterritórios do estado.
Sobre
os artistas e suas obras
Alana
Barbo
Artista
transdisciplinar,bacharela interdisciplinar em artes com foco em
cinema pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e herbalista.
Realizou o curta-metragem premiado "A Primeira Casa”, a série
documental "Encantações da Terra", as obras instalativas
“Oráculo” e “Primórdio” que integraram a exposição “antes
da casa, a árvore”, realizada pela Casamendoeira no Recôncavo
Baiano, e atualmente está produzindo o curta-metragem documental
“Guardiã do Cacau - Afroempreendedorismo do Sul da Bahia".
A
instalação intitulada ‘território-corpo-casa’ convida a olhar
os territórios dos corpos sociais que estão integrados a uma rede
de vida pertencentes e indissociáveis à terra. “O projeto
pretende demarcar e fertilizar o meu corpo enquanto o corpo social,político e espiritual que está conectado ao corpo coletivo das
mulheres enquanto territórios vivos e históricos que aludem a uma
interpretação cosmogônica e política em que habitam feridas,
memórias, saberes, desejos, sonhos individuais e comuns”, revela a
artista.
Amiantus
Nasceu
em Criciúma-SC, e vive em Porto Seguro-BA. Artista visual, músico e
docente,desde 2000,trabalha com artes visuais e sonoras, em
poéticas colaborativas, desenho,escultura,rádio-arte e
sonoridades no espaço público. Atualmente pesquisa como os saberes
afrodiaspóricos e dos povos originários podem incidir nas fricções
contemporâneas, liderando o grupo de pesquisa “EncruziFricções:
poéticas, arte pública e colaboração em atrito” e no trabalho
docente na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Também
utiliza o codinome “Amiantus Pirações”.
O
trabalho ‘Moeda Terral: colonizações e resistências entre Bahia
e Cuba’ traz a performance realizada em Cuba,que configura a ação
‘Moeda Terral: etapa Cuba’,sendo que o projeto Moeda Terra
consiste na pesquisa de símbolos de colonização e de resistência
presentes nas culturas brasileira e latino-americana, cruzando os
saberes dos povos originários, a escravização e o tráfico humano,
as culturas de resistência a sistemas opressores, as relações com
as moedas e suas trocas simbólicas e espirituais.
Camilla
Nobre
Atriz,performer,palhaça e professora,é licenciada em Letras com
habilitação em Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Santa
Cruz (UESC)e especialista em Gestão cultural pela mesma
instituição. Especialista em Pedagogia das Artes: Linguagens
Artísticas e Ação Cultural pela Universidade Federal do Sul da
Bahia(UFSB),é graduanda em licenciatura em Teatro pela
Universidade Federal da Bahia(UFBA). Integra o coletivo Guilda
Cacilda Composições Artísticas desde 2018. É atriz a mais de 18
anos,com experiências em:teatro,videoclipe, comercial,curta e
longa metragem,participando na série baiana ‘Bahia de todos os
cantos’.
A
performance ‘Mulher’ foi criada a partir do olhar e das sensações
da artista performencer e de dados sobre o feminicídio.Ela retrata
como a mulher é ainda vista de forma objetificada,sexualizada,silenciada e descartável.
De acordo com o Monitor de Feminicídios no Brasil(MFB), em 2023, houve 2694 casos de feminicídios, entre os
consumados e as tentativas. Levando isso em consideração, “a
performance justifica-se por trazer atenção para essas informações
e propor um espaço de diálogo com a sociedade que gere reflexão e
transformação nos espectadores”, avalia.
Cândido
Nasceu
em Belo Horizonte, Minas Gerais, e vive na Bahia. É formado em
Design de Interiores.Na pintura ‘Festa do Divino em Boipeba’, a
produção cultural popular e espontânea da ilha ganha vida na obra
através de cores vibrantes como o som dos tambores e atabaques e
pinceladas fortes como a ancestralidade africana.Três dos muitos
personagens do folclore local se destacam na obra,emoldurando o
cenário onde os grupos culturais sobem a ladeira do Divino para
celebrarem sua fé.
“A
obra visa registrar e salvaguardar a Festa do Divino que é, além de
uma festa religiosa,resistência da cultura tradicional e popular
genuinamente brasileira.É a conservação do modo de celebrar de um
povo.É a manutenção do encanto que atravessa a Ilha de Boipeba”,
declara o artista.
Hana
Brener
Artista
visual e do corpo,é formada em Biologia pela Universidade Federal
de Viçosa,pesquisando os entrelaçamentos entre Arte e
Agroecologia. Investiga nas interfaces
dança/fotografia/performance/instalação esse existir corpo na
relação com nossos símbolos, mitos e ritos. Interessa-se
principalmente pela construção de imagens a partir da relação
corpo objeto espaço paisagem palavra, a improvisação e a
impermanência. Em sua atual principal pesquisa investiga as relações
e simbologias da colher de pau junto ao que e como ser corpo mulher
social e cultural.
No
trabalho fotográfico ‘Encolher’, a artista ressalta que, “nos
últimos anos, os processos que vivemos individual e coletivamente
escancararam questões cruciais desse nosso modo de existência.Foi
nesse último período, atravessado por transformações profundas,
de recolhimento, de lidar com a família,com a ancestralidade, a
morte, de presenciar inúmeros episódios das violências sociais que
nos acompanham na performance da feminilidade, que essas imagens
foram produzidas”.
Julio Novais
Designer
e Mestre em Enfermagem,com ampla experiência em comunicação
visual,liderança em projetos culturais e habilidades artísticas
diversificadas.
Desenvolve materiais visuais para eventos culturais e
a condução de oficinas de artes digitais e utilização de
inteligência artificial.Possui formação em marketing,cultura e
saúde e tem experiência na criação de softwares e programação,resultando em soluções digitais inovadoras. Como Pessoa com
Deficiência Renal Crônico(PCD),inclusão e acessibilidade são
prioridades em todos os projetos.
A
gravura ‘A saga do cacau’ é uma fusão inovadora entre
xilogravura e graffiti, técnicas que são intrinsecamente ligadas à
cultura popular. A fusão dessas técnicas celebra a rica herança
cultural do Brasil, conectando o passado ao presente e explorando
novas formas de expressão artística. "A Saga do Cacau"
não apenas narra a história do cacau, mas também a história da
própria arte popular, evoluindo e se adaptando às novas tecnologias
e sensibilidades culturais.
Renat
Castillo
Artista
visual e educador, é mestrando no Programa de Pós-Graduação em
Artes (PPGArtes)da Universidade Federal do Sul da Bahia(UFSB).Seu
trabalho busca dar contorno e corporificar as memórias da
ancestralidade centroamericana e suas práticas sociais e
alimentares. Esses remembramentos materiais e simbólicos nutrem uma
prática performativa e instalativa que opera pela ficção
biológica, esquivando-se de parentescos lineares e categorizações
dicotômicas.
A
obra ‘Mundo al revés’ é uma instalação dividida em dois
componentes: a parte de "exoesqueleto de bambu"
manufaturada a partir do bambusa vulgaris, inspirado nos nós e nas
cavidades ocas do bambu. “Crio a partir da escala de meu próprio
corpo uma armadura que o envolveria, utilizando uma série de padrões
de aneis a partir das ripas cortadas a facão. Suas propriedades
físicas e espirituais funcionam como tentativa de criar pontes com
meus ancestrais de origem indígena maya-centroamericana que sofreram
processos de etnocídio”, diz.
Thiago
Oliveira
Baiano
da cidade de Canavieiras,é multi-artista auto-didata com 15 anos de
trajetória. Atleta de slackline e artista do equilíbrio, compôs a
Escola de Circo Synergika em apresentações, performances e oficinas
na cidade de Gênova,na Itália, entre os anos de 2014 e 2019. Há 4
anos reside em Serra Grande,na Bahia,onde está à frente da
Origami Baiano,ateliê e marca que vem se consolidando na cena local
da arte tradicional e ecológica, cenografia e moda autoral
sustentável.
Na
instalação escultórica habitável ‘Moro em casa de folha’, a
interseção entre arte e vida transcende o simples abrigo para se
tornar um testemunho vivo da história e da identidade. “Construída
com folha, esta casa não é apenas um espaço físico, mas uma
representação simbólica do meu modo de vida e da minha arte. É um
lembrete poderoso de que a arte pode ser uma ferramenta de
transformação social,capaz de redefinir o significado de
pertencimento e de dar voz àqueles que,por muito tempo,foram
silenciados”, explica o artista.
Sobre
os Salões de Artes Visuais da Bahia
Criados
em 1992, os Salões de Artes Visuais da Bahia consolidaram-se como um
dos principais instrumentos de incentivo à criação e difusão de
produção artística e à dinamização dos espaços expositivos do
estado da Bahia.Assim,a 66ª edição dos Salões de Artes Visuais
da Bahia,que será realizada em 2024,visa apresentar ao público
uma mostra contemporânea em Artes Visuais,retomando suas exposições
distribuídas nos seis macroterritórios da Bahia,oportunizando o
acesso a essa produção para um público diversificado, oriundo de
diversas cidades do estado.Além de divulgar o trabalho dos
artistas,pretende-se estimular a reflexão sobre temas das artes
contemporâneas por encontros formativos e bate-papo com os artistas.
Serviço:
Salões
de Artes Visuais da Bahia - 68ª Edição
Itabuna
Abertura:
27 de novembro (quarta-feira), 19h
Bate-papo
com artistas: 28 de novembro (quinta-feira), 15h
Visitação:
27 de novembro a 27 de dezembro de 2024
Terça
à domingo, 9h às 22h
Centro
de Cultura Adonias Filho
Foto:
Lucas Malkut / ASCOM FUNCEB