quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Para o povo, sacrifícios. Para os partidos, pede-se R$ 3 bi. Pode?

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).

Veja como é o Brasil. A Câmara aprovou a emenda constitucional que congela os gastos públicos por 20 anos.
Quer dizer, o governo congela os gastos, com saúde e educação (nestes dois casos, a partir de 2018), no mandato de Michel Temer e seus digníssimos próximos quatro sucessores.
Convenhamos, 20 anos é uma vida. O bebê que nasce hoje, daqui até o fim da validade da lei, já será um adulto servindo ao Exército e afins. Se a saúde hoje já sofre com a escassez de recursos, imagine você que até lá, o número de mortos por falta de assistência adequada, quando tem, vai disparar.
Estamos falando do básico, a vida.
Simultaneamente, Gilberto Kassab, o dono do PSD, que era ministro de Dilma, pulou para Temer e também é ministro (Ciência e Tecnologia), está propondo a criação de um Fundo Eleitoral que vai custar a bagatela de R$ 2,9 bilhões ao já combalido bolso do brasileiro. E a proposta já tem a simpatia de outros partidos, a exemplo do PMDB.
Ora, para alguns, se impõe sacrifícios de longo prazo. Para os políticos, benesses. Já acham pouco os R$ 860 milhões de dinheiro público para sustentar partidos e ainda vem com essa?
Se o Congresso aprovar, será a sublimação da hipocrisia.

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